Como acontece todos os anos, o evento foi realizado com a recordação dos fatos importantes registrados na Batalha Naval do Riachuelo (11/06/1865), que decidiu a Guerra do Paraguai, também chamada “Guerra da Tríplice Aliança”, formada principalmente pelo Brasil, nos episódios bélicos, e por Argentina e Uruguai, mais atuantes nos aspectos políticos.
No que tange ao inimigo, o cenário político mostrou um Paraguai tendo, inicialmente, procurado manter-se afastado dos conflitos frequentes na Região do Prata. Após a morte de Carlos Antônio Lopez, o país passou a ter uma política mais atuante, comandada por seu filho Francisco Solano Lopez, que considerou a invasão do Uruguai por tropas brasileiras em 1864 como um ato de guerra contra os interesses paraguaios, tendo, a partir de então, iniciado as hostilidades.
Ao ser negada permissão para que seu exército atravessasse território argentino para atacar o Rio Grande do Sul, Solano invadiu a província de Corrientes, envolvendo a Argentina no conflito. As forças paraguaias ainda atacaram e ocuparam terras brasileiras onde hoje se localiza o Mato Grosso do Sul. Caso viessem a ocupar Riachuelo (Brasil), estariam conquistando o desejado sonho da formação do “Grande Paraguai” e navegariam livremente pelo rio Paraguai, desceriam o Paraná, tomariam Montevidéu e, de lá, ocupariam a província do Rio Grande do Sul, acessando, por fim, o comércio do Atlântico. Até mobilizaram-se para tanto. Contudo, não contavam com a corajosa tática do Almirante Barroso de reagir abalroando, com sua fragata Amazonas, os navios inimigos, a exemplo do que já fizera o lendário Almirante Nelson em defesa da Inglaterra.