domingo, 12 de dezembro de 2010

SAUDAÇÃO A TAMANDARÉ (JOAQUIM MARQUES LISBOA)


Treze de dezembro de mil oitocentos e sete. Como se ainda pudéssemos recordar o vê-lo brotar dos albores da Independência do Brasil, aqui estamos para trazermos nossas saudações, ou melhor, repeti-las. Quis o destino que ele viesse à luz nessa data tão significativa, abandonando-nos depois, cônscio de nos haver legado preciosos indicativos de sua solidária sabedoria. Nós, da Marinha, nunca nos cansamos de ouvir sobre suas idéias e realizações: navios em embarcou, aqueles que comandou, missões cumpridas, audácia e efetividade em operações de guerra e a presença sempre arriscada e revestida de êxito em operações de socorro e salvamento que soube conduzir.

Fora de sua principal paixão, o mar, ele também brilhou no ambiente imperial, conforme o título de Marquês recebido e funções correlatas que lhe foram atribuídas. Na data baseada em seu nascimento, sabemos que o mais respeitoso e agradável que lhe podemos oferecer, junto com esta saudação, são os votos de que siga em paz o “Velho Marinheiro”. Em paz, sim, mas sempre por nós lembrado. “Máquinas a Meia Força Adiante”, Almirante Tamandaré.

P.S. Antes de falecer, Tamandaré declarava que não desejava um enterro pomposo, somente uma cova rasa “em que um velho marinheiro pudesse descansar.” Morreu em 20/03/1897.